sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PLANETA EM HARMONIA



A nossa estória começa quando Roberto Galvão era menino. Na escola, a professora gritava “cala a boca, Galvão” por ele ser falador, mas Roberto não calava e ainda soltava cada palavrão. Um dia, não tolerando mais, chamou a Diretora para expulsá-lo. A Diretora, Dna Ettiene, aconselhou, orientou e ensinou como extrair melhor o potencial infinito de todos os alunos incentivando a professora a elogiar os pontos positivos. Por isso Roberto foi aos poucos mudando seu modo de ser. Por outro lado, havia uma menina chamada Fatinha que sempre lhe oferecia boas leituras, como uma publicação infantil chamada Querubim. No início era simplesmente jogada em um canto qualquer de sua casa, mas numa manhã não tendo o que fazer pegou um Querubim e passou horas se divertindo. Desse começo conheceu Monteiro Lobato, Mário Quintana, Clarice Lispector, Junji Miyaura, Cida Pinho, Nena de Castro, Marília Siqueira e, o seu preferido, Rubem Leite. Lendo e estudando ele foi crescendo até se tornar um rapaz irado. Sabem o que aconteceu com Roberto e Fatinha? Os dois se tornaram namorados. E durante uma Reunião de Jovens, a garota contou que sua amiga Cam, uma linda borboleta, estava desolada com o desmatamento que estava acontecendo no bosque. “Desmatamento!” Exclamaram todos. Após a explicação decidiram defender o meio ambiente. Tendo a colaboração do Instituto Interagir, de certas ong’s, de algumas religiões (Seicho-No-Ie, budistas, espíritas, islâmicas, cristãs) e de alguns cidadãos. E estudaram tudo sobre ecologia. Por exemplo, descobriram que o ciclo d’água começa com ela em estado liquido se transformando em vapor pelo calor do sol e sobe na atmosfera formando nuvens que quando a temperatura abaixa voltam à terra na forma de chuvas. Mas a água potável é finita, pois a maioria volta para o mar, que não dá para beber. Por isso, o desperdício d’água não pode acontecer. Quando for tomar banho, a torneira deve ser fechada enquanto está se ensaboando. É como diz o Instituo Interagir “Falar que a água vai acabar não é bem uma verdade. O que vai acabar será a água potável. A Terra se adaptará a uma nova forma de existência, mas sem a água que precisamos”. Conheceram a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, cujos artigos 5 e 6, em resumo, dizem que todos os animais têm direito de viver e crescer nas características próprias às suas espécies e nem podem ser abandonados pelos seus donos. Então, buscaram assinaturas para um abaixo assinado, explicaram tudo sobre o meio ambiente. Mas não foi fácil! Muitas pessoas não pensam no que será do planeta daqui alguns anos. E até decidiram seqüestrar Roberto e Fatinha. Mas eles cometeram um erro. Planejaram o seqüestro bem debaixo de uma sombra gostosa de um ipê rosa que ouviu tudo e depois contou para o vento, que falou para as flores, que disseram para Cam, que avisou a Fátima, que telefonou para o namorado e ambos convocaram o delegado, ong’s e religiões para uma reunião na sede do Instituto Interagir. Fingiram que o casalzinho cairia na armadilha. Mas quando um carro fechou a passagem e quiseram agarrá-los, os policiais, que estavam escondidos, os prenderam antes que pudessem reagir. Com exceção do motorista, que desembestou pela João Valentim Pascoal, invadiu a Rua Mariana quase pegando uns três. Entrou na Diamantina e muitos gritos e palavrões arrancou... Subiu na calçada e gente entrou nas lojas. Chegou na Ouro Preto – “Mas o sinal está fechado para nós que somos jovens” – Nesse caso, graças a Deus. Tudo isso e a polícia atrás. Atravessou a Avenida Zita de Oliveira e pegou a Macapá. Na ponte Cam... Lembra dela? A borboleta amiga da Fatinha... Pois bem, a Cam entrou na janela do carro do bandido e lhe bateu bem nos olhos, tirando-lhe a visão até bater na murada. Mas como não é filme Norte Americano não tem destruição de carros e ninguém se feriu, Cam saiu voando tranqüila da cara do sujeito. E a polícia toda feliz prendeu todo mundo pensando ter parado o cara.
Mas muitos ainda não entendem que o meio ambiente tem alma como a gente. Então você, eu, Roberto, Fátima, Dna. Ettiene, Cam, Instituto Interagir, as religiões, as ong’s dialogamos, fazemos abaixo assinados, propomos leis e impondo suas observações. Tudo com muita harmonia. Toda a cidade foi se conscientizando, pessoa por pessoa. Porque cabe aos que conhecem a Verdade levá-la aos que ainda não a conhecem. E assim não só o bosque, mas todas as praças, toda Ipatinga e toda a Nação foi ficando cada vez melhor de se morar fazendo da Terra o Mundo Ideal.

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